quarta-feira, 15 de junho de 2011

Exclusivo: PREFEITURA EM DÍVIDA COM A POPULAÇÃO JORDANENSE

A Prefeitura Municipal de Campos do Jordão, vem desde o ano passado (junho de 2010) tentando resolver o problema de quem mora em áreas de risco.Transferindo os moradores da Canhoeirinha, situada no Bairro Monte Carlo para o Condomínio Novo, situado no Céu Azul.Mas o descaso e a demora no término das prometidas novas casas vem prejudicando a população que anseia simplesmente por um lar.
Com ordem judiciária, a Prefeitura expulsou os habitantes de Cachoeirinha, como a dona de casa Francinete Fátima da Silva, 48-que também é organizadora do Projeto Criança Feliz, que visa cuidar e auxiliar crianças carentese de rua, porém por conta da dor de cabeça que tem tido com a casa não consegue se consentrar no projeto há algum tempo.Se de um lado Francinete se preocupa com os carentes e meninos de rua, de outro a Prefeitura pouco se importa se a mulher e tantas mais pessoas têm "literalmente" um teto sobre as cabeças.




Depois de várias reuniões dirigidas principalmente pelo antigo engenheiro contratado pela Prefeitura, Thiago, o povo aplaudiu a idéia de casa nova e paga em 20 anos parcelados pela Caixa Econômica Federal, a proposta prometida de tudo pronto e chaves entregues nas mãos dos moradores em pouco tempo. Promessa feita, mas não paga.
As novas casas são feitas de material de construção reciclável, foi dito nas reuniões com os moradores que dariam a casa semi-completa e que para os residentes faltaria apenas o acabamento final, sem que eles gastassem nada com isso.Não foi o que aconteceu, Fátima comprou o chuveiro, luzes, fios entre outras coisas basicamente necessárias para viver. A dona de casa mostrou as notas de tudo que havia comprado para o substituto engenheiro Willian, que por sua vez lhe pagou com 4 sacos de cimento.Francinete observando a cosntrução de sua casa viu que os materias eram precários e velhos, quando reclamou isso para Willian -este veio com uma barra de ferro de aproximadamente 30 centimetros enferrujada insinuando que usaria aquela peça na construção da casa, o que a fez sentir, como ela mesma relatou, humilhada.
Foram realizados multirões de mais de 100 pessoas em prol de realmente terem uma casa decente, desde julho de 2010. Mas os moradores estão ajudando até a peineirar a areia.Tiveram que, então, começar a comprar os materiais de construção e cimento.O quadro foi invertido e agora a Prefeitura estipulou um prazo para os residentes finalizarem as obras, ou- eles ameaçam- leiloar as casas.
Os telhados amarrados e sem a menor segurança foram arrancados do teto na ventania do útimo dia 8, mais uma vez o amarraram e como se não bastasse há telhas quebradas.
Atualmente, a nova engenheira Elizabeth toma este verdadeiro "pepino" nas mãos, onde o próprio povo fez o barracao para guardar o material e ferramentas.
"Pediram tanto para nós sairmos da área de risco e morar numa casa, mas aqui não é seguro um ventinho tudo pode voar", alega Francinete, que destaca o fato da população estar recebendo tratamento desumando. Francinete Fátima aponta que o mais preiocoso que pode guardar dessa situação é a Fé. "Deus está nos livrando a cada dia, como fez com Noé e a Arca"- ressalta.

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